Nova pesquisa mostra que uma classe de remédios utilizada contra depressão e Parkinson poderia estar associada à doença
Todo medicamento apresenta efeitos colaterais, alguns mais leves, como sonolência, e outros mais preocupantes, como amnésia temporária. Agora, pesquisadores sugerem que alguns medicamentos podem aumentar o risco de desenvolver demência.
Esse seria o caso, segundo a pesquisa, das medicações da classe anticolinérgica, comumente prescritas para tratar problemas como depressão, Parkinson, epilepsia e psicose. O estudo, publicado recentemente no JAMA Internal Medicine, sugere que esses medicamentos podem aumentar o risco de demência em 49%.
Os anticolinérgicos são compostos que bloqueiam a ação da acetilcolina — um mensageiro químico usado pelo cérebro para controlar os impulsos nervosos dos neurônios que atuam nas células musculares. O remédio é recomendado para uma variedade de doenças que vão desde dor muscular até tratamento do Parkinson.
A análise revelou uma forte ligação entre o uso de anticolinérgicos e o risco de demência em indivíduos acima dos 55 anos. No entanto, apenas algumas medicações específicas produziram esse efeito negativo: antidepressivos e antipsicóticos, além de remédios para epilepsia, incontinência urinária e Parkinson.
A equipe não identificou o risco em medicamentos para asma, problemas gastrointestinais e arritmia cardíaca, nem em relaxantes musculares — opções que também utilizam anticolinérgicos.
Fonte: Veja Saúde