Você acha que a pílula anticoncepcional engorda? Veja como ela pode mudar o seu corpo!

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Apesar de o ganho de peso ser um dos efeitos colaterais mais relatados por mulheres, não há comprovação científica para tal afirmação. (Foto: Reprodução)

Um dos maiores medos da maioria das mulheres em relação à pilula anticoncepcional é o de engordar. Apesar de o ganho de peso ser um dos efeitos colaterais mais relatados por quem toma a pílula, ainda não há evidências conclusivas que comprovem tal afirmação.

Uma revisão acadêmica realizada com 49 estudos sobre pílula combinada constatou que “não há nenhum grande efeito evidente”, porém, os pesquisadores afirmam que não foram conduzidas pesquisas suficientes para se ter certeza.

Maria Gallo, endocrinologista da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, informou que as pessoas geralmente ganham pouco mais de meio quilo a cada ano durante a maior parte da vida, contando a partir do início da vida adulta. Como a maioria das mulheres começa a usar métodos contraceptivos nessa fase, esse aumento de peso pode ser confundido com o que acontece naturalmente com qualquer adulto.

Além disso, é comum ver mulheres apontando a pílula como “vilã”, ao invés de admitir um eventual consumo excessivo de calorias. Em um estudo realizado no ano passado, foi identificada a falsa percepção de ganho de peso em muheres que iniciaram o consumo de anticoncepcional.

MASSA MUSCULAR

Apesar de não ser comprovado que a pílula engorda, há evidências de que a mesma pode alterar a forma e a composição do corpo feminino. Isso pode ser justificado por três grandes razões: ganho de massa muscular, retenção de líquidos e acúmulo de gordura.

Dependendo do tipo de pilula, algumas mulheres apresentam menos ganho muscular. A pesquisa foi feita com a finalidade de saber como a composição genética pode afetar a capacidade de alguém ganhar massa muscular por meio de exercícios. O estudo colocou um grupo de homens e mulheres para fazer um treinamento de resistência por 10 semanas – exercícios lentos e repetitivos, como abdominais e levantamento de peso com carga pesada.

Em seguida, os pesquisadores pesaram os participantes para ver se tinham mais músculos do que quando começaram as atividades. A equipe também coletou dados relacionados a seu estilo de vida, para se certificar de que o ganho de massa tinha sido motivado de fato pela genética – e não, por exemplo, por medicamentos que estavam tomando.

Enquanto faziam essa análise, descobriram que as mulheres que usavam pílula ganharam 40% menos músculo do que as que não tomavam.
Mais intrigante ainda é que o baixo ganho de massa muscular não foi identificado em todas as participantes que usavam o contraceptivo, apenas naquelas que tomavam pílula com um determinado tipo de progesterona sintética, que gosta de se ligar à mesma proteína.

Fonte: Diário do Pará Online

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