Um novo estudo mostrou que o consumo de proteína animal, mesmo frango, peru ou carne magra, aumenta a propensão de doença do fígado
A recomendação de especialistas é que as pessoas limitem seu consumo de carne vermelha ou processada e optem por uma dieta mediterrânea, rica em peixe, grãos integrais e vegetais. (iStock/Getty Images)
Pessoas que consomem muita carne, mesmo aquelas consideradas saudáveis como frango, peru ou carne magra, estão mais propensas a desenvolverem doença do fígado.De acordo com um estudo publicado recentemente no periódico científico Gut, pessoas cuja maior fonte de proteína é proveniente de produtos de origem animal correm um risco 54% maior de desenvolverem doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), também chamada de esteatose hepática, do que aquelas que optam por proteínas vegetais.
Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica
A doença hepática gordurosa não alcoólica á caracterizada pelo acúmulo de gordura no fígado que não é causada pelo consumo excessivo de bebida alcoólica. De acordo com a Sociedade Brasileira de Hepatologia, ela pode permanecer estável por muitos anos e até regredir, se suas causas forem controlados. Se não o forem, a doença pode evoluir para a esteato-hepatite – quando a doença se associa a inflamação e morte celular, fibrose e tem maior potencial de progressão para cirrose e câncer de fígado.
Os principais fatores de risco ou causas de DHGNA estão relacionados a obesidade e sobrepeso, diabetes, dislipidemia (aumento do colesterol e/ou triglicérides), hipertensão, uso prolongado de medicamentos como amiodarona, corticosteroides, estrógenos, tamoxifeno; produtos químicos, anabolizantes, cirurgias abdominais como bypass jejuno-ileal, derivações bilio-digestivas; hepatite C, síndrome de ovários policísticos, hipotiroidismo, síndrome de apneia do sono, hipogonadismo, lipodistrofia, abeta lipoproteína e deficiência de lipase ácida.
A doença ganhou atenção por ter se tornado a mais frequente doença de fígado da atualidade, atingindo entre 20 e 30% da população mundial. Na maioria dos casos, a doença é assintomática. Por isso, o diagnóstico da esteatose é incidental. Ou seja, a doença geralmente é identificada precocemente porque o paciente realizou uma ultrassonografia de abdômen como parte de seus exames de rotina.
Fonte: Veja Saúde