A primeira droga especificamente desenhada para a prevenção de enxaqueca foi aprovada nesta segunda (25) pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O tratamento deve chegar ao mercado com preço alto, ainda não definido.
No Brasil, o medicamento recebeu o nome de Pasurta e será comercializado pela Novartis. Nos EUA a droga leva o nome de Aimovig -fabricada pela Amgen e pela Novartis- e foi aprovada pela FDA (Food and Drug Administration) em maio do ano passado.
O tratamento consiste em uma injeção mensal do medicamento erenumabe, que bloqueia uma proteína, a CGRP, que é relacionada às crises de enxaqueca.
Não se trata de uma cura para o problema, mas estudos mostram que em metade dos pacientes que recebem a droga há uma redução de 50% nos dias de cefaleia. Segundo Luis Boechat, diretor médico da Novartis Brasil, 175 mil pacientes já fazem uso da droga.
A doença afeta 1 em cada 7 pessoas no mundo, sendo que 2% da população enfrenta enxaquecas crônicas, ou seja, com crises que ocorrem por 15 ou mais dias por mês. Algumas estimativas apontam que ela é a terceira doença mais comum no mundo, além de ser listada no ranking das dez principais causas de incapacidade.
Nos EUA, o medicamento tem um custo anual de cerca de US$ 6.900 por ano (mais de R$ 26 mil pela cotação atual do dólar). Por isso, o tratamento também não deve ser barato no mercado brasileiro.
Um dos principais pontos positivos da droga, afirma a especialista da Unifesp, são os reduzidos efeitos adversos.
Fonte: Zero Hora