Quem faz uso de cinco ou mais remédios, todos os dias, está vivendo um problema conhecido como polifarmácia. A condição é comum entre os idosos, devido a uma prevalência maior de doenças e comorbidades. Mas outras pessoas podem ser vítimas dos efeitos colaterais e das interações negativas entre os medicamentos. Os médicos estão atentos aos exageros, tanto que, buscando reduzir o consumo desnecessário de remédios e exames, criaram, em 2012, nos EUA, o movimento Choosing Wisely (algo como “fazendo escolhas inteligentes”).
A ideia por trás desse movimento é que cada especialidade médica separe, em uma lista, os procedimentos e os fármacos que deveriam ser deixados para trás, por não terem os benefícios cientificamente comprovados. Entre os geriatras, a lista resultante é extensa. Após analisá-los em conjunto, no fim do ano passado, os especialistas norte-americanos listaram medicamentos que poderiam deixar de ser prescritos.
Confira a lista dos medicamentos que deveriam deixar de ser prescritos segundo os médicos participantes do movimento Choosing Wisely
- Laxantes, especialmente o docusato de sódio;
- Antibióticos antes de procedimentos odontológicos;
- Inibidores da bomba de prótons, como o omeprazol;
- Estatinas, a exemplo dos fármacos de prevenção primária;
- Benzodiazepínicos (para idosos);
- Betabloqueadores (antiarrítmicos ou anti-hipertensores de uso prolongado);
- Remédios para asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (em pacientes sem o diagnóstico dessas doenças);
- Antimuscarínicos (contra incontinência urinária);
- Inibidores de colinesterase para Alzheimer;
- Relaxante muscular para dor nas costas;
- Suplementos em geral.
Fonte: Zero Hora