A atuação desse profissional vai muito além da dispensação de medicamentos. Ele faz parte de uma rotina de atenção e assistência cada vez mais importantes para a saúde de todos
Há décadas que o farmacêutico, especialmente aqueles que trabalham em farmácias de bairros, tem proximidade e uma relação de confiança bastante forte com o paciente que, muitas vezes, prefere ir primeiro à farmácia para saber se realmente precisa buscar atendimento médico.
Mas qual é o papel do farmacêutico em uma situação como essa? Em primeiro lugar, é preciso esclarecer que esse profissional pode atuar, inclusive, como prescritor de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) quando as manifestações relatadas pelo paciente foram previamente diagnosticadas.
Em 2013, o Conselho Federal de Farmácia (CFF) regulamentou, por meio da Resolução CFF 585/13, as atribuições clínicas do profissional farmacêutico. Suas atividades, como a conciliação medicamentosa, a análise de prescrições, o acompanhamento farmacoterapêutico e as intervenções farmacêuticas, constituem prerrogativa do profissional inscrito junto a um Conselho Regional de Farmácia (CRF) e tem como finalidade a promoção do uso racional de medicamentos e otimização da farmacoterapia.
Prescrição farmacêutica
A prescrição farmacêutica é ato pelo qual o profissional da área seleciona e documenta terapias farmacológicas e não farmacológicas e outras intervenções relativas ao cuidado à saúde do paciente, visando à promoção, proteção e recuperação da saúde, além da prevenção de doenças².
Importância da capacitação
Entre os benefícios que a prescrição farmacêutica traz tanto para o profissional quanto para o cliente da loja, o vínculo de confiança entre farmacêutico e paciente e a fidelização do mesmo, além da possibilidade de um atendimento rápido.
O farmacêutico deve orientar o paciente sempre de maneira clara, objetiva, acolhedora e com uma linguagem sem muitos termos técnicos para fácil compreensão.
Ampliação de serviços
A Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 44 de 20093 veio para a ampliar e regularizar os serviços farmacêuticos, contribuindo para uma maior cobertura de cuidados em saúde que o profissional poderá disponibilizar à comunidade.
A análise do farmacêutico indicará se é necessário encaminhar o paciente a um atendimento médico (caso a dor de cabeça tenha origem numa crise hipertensiva, por exemplo) ou, em casos leves a moderados, se um MIP pode amenizar os sintomas.
É igualmente importante que o farmacêutico identifique quais medicamentos aquele usuário normalmente utiliza para evitar possíveis interações medicamentosas.
Fonte: Guia da Farmácia